De 2 a 6 de maio, foi realizado o 17º Congresso Mundial de Saúde Pública (WCHP), em Roma. E em sua Declaração Final estava presente vários assuntos que se atravessam, principalmente as consequências e lições que a pandemia nos deixou. O surgimento do novo coronavírus, em 2019, mudou nosso mundo de maneiras que não poderíamos imaginar.
A pandemia da Covid-19 lançou luz sobre as fragmentações profundas que enfraquecem nossas sociedades, e revelou muitas fragilidades institucionais. Como por exemplo, a infodemia – o aumento da desinformação e difusão de fake news, assim como as interpretações incorretas de informação sobre saúde – impactou negativamente a saúde mental das pessoas, aumentando a hesitação vacinal e atraso nos cuidados em saúde.
Porém, apesar de tudo que vivemos nesse período, temos motivos para o otimismo. A comunidade científica trabalhou de forma unificada, os profissionais de saúde pública forneceram orientações para prevenção e compartilharam informações, vacinas foram desenvolvidas em tempo recorde, entre muitas outras ações e atividades que nos guiaram a resolver a crise sanitária.
O 17º WCHP reuniu pessoas de todo o modo para compartilhar experiências, destacar os aprendizados e progressos alcançados, registrar as novas habilidades e focar nas lições aprendidas para o futuro, promovendo o conhecimento em saúde, pesquisa, educação e defendendo a paz, a equidade em saúde e o desenvolvimento sustentável. Em todos os lugares, sabemos que saúde pública é política.
Confira a tradução da carta final do evento, aprovada por milhares de trabalhadores e pesquisadores da saúde, de todo o mundo.